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domingo, 17 de agosto de 2008

O que se poderá perder com Queirós?

Apesar de a nível táctico e de conhecimento futebolístico Scolari ser inferior, este é um grande condutor de homens, criando sempre por onde passa um grupo muito coeso, unido psicologicamente em torno de um objectivo comum. Os jogadores, como admitiram várias vezes, viam nele um “pai” em quem confiavam e em quem sempre sentiram que podiam confiar. Além disso conseguiu criar uma enorme empatia entre a selecção e o povo, como provavelmente nunca se tinha visto. Assim a selecção deixou de ser menos a Selecção de Portugal e mais o Clube de Portugal. Scolari também tinha uma táctica muito própria com alguns jogadores, a “táctica-scolari”. Certos jogadores que ele contou logo no princípio passaram momentos maus nos seus clubes e até alguns tiveram sem clube. Scolari ajudou-os sempre, nunca deixaram de ser opções, ficando então os jogadores com uma espécie de gratidão para com o seu seleccionador. O que resultou várias vezes, mas por vezes foi exagerada, pois nem sempre resulta, e muitas vezes houve outros jogadores que poderiam ter dado um melhor contributo. Voltando a Queirós, sempre pareceu um grande amigo dos jogadores, mas nunca pareceu um grande líder nem um especialista na comunicação. Possivelmente ele não conseguiria criar um elo tão positivo entre selecção e adeptos como tão bem fez o seu antecessor. Mas também não é isso que os portugueses lhe pedem, o ambiente já está criado, só o precisa de o manter, e para isso bons resultados é mais que meio caminho andado.

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