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quarta-feira, 3 de julho de 2013

Taça das Confederações 2013: Brasil 3 x Espanha 0

Chegaram à final as selecções que eram favoritas: Brasil país organizador que tinha muito a mostrar para voltar a criar empatia com os adeptos, e Espanha, Campeã do Mundo (2010) e da Europa (2008 e 2012), que tem mantido um nível muito elevado nos últimos seis anos.
O Brasil tem melhorado desde a chegada de Scolari, que após algumas experiências, como é normal no técnico, escolheu o seu núcleo duro e é com ele, salvo uma ou outra excepção, que vai até ao fim. Recuperou Júlio César, reforçou Marcelo, apostou num duplo-pivot com um jogador mais fixo (Luiz Gustavo) e outro mais móvel (Paulinho), confirmou a titularidade (quase) indiscutível de Óscar e Hulk, escolheu 'experiente' Fred como referência ofensiva e libertou mais Neymar, o principal jogador da equipa. Como alternativas, tem em Dante um central muito forte para fazer concorrência principalmente a David Luiz; Bernard e Lucas Moura para o lugar de Hulk ou mesmo de Óscar (Hernanes é também alternativa a Óscar). Scolari como é seu timbre aposta na consistência na equipa, até porque na frente há muita qualidade para fazer diferença sem ser preciso muitos jogadores desequilibradores. Pauzlinho tem sido um dos jogadores chave do onze, aquele típico nº8 ou box-to-box, que parece ser actualmente aquele jogador 'fectiche' típico de Scolari (Nos tempos de selecção portuguesa, Maniche tinha uma história idêntica). Este lugar tudo indicava que seria de Ramires, que fez grande época no Chelsea e tem sido sempre chamado... até ao dia em que (supostamente) chegou atrasado ao treino e foi riscado por Felipão.

Observação ao jogo (em actualização)


quarta-feira, 26 de junho de 2013

Messi & Neymar: Dois galos para um poleiro? Ou 'amigo' não empata 'amigo'?


A novela Neymar terminou. Finalmente. Após várias épocas de especulação sobre o futuro do jogador, do pré-acordo com o Barcelona ao interesse do Real Madrid e de outros clubes europeus, o ‘camisola 10’ da selecção brasileira junta-se ao ‘camisola 10’ dos catalães. Para o genuíno adepto de futebol é uma grande notícia, dois dos jogadores do planeta com mais técnica: o melhor do mundo (por quatro vezes) e o melhor do Brasil. No entanto, pode nem ser tudo um ‘mar de rosas’, e existem algumas dúvidas quanto ao sucesso da co-habitação entre os dois. Já sem contar com o tempo de adaptação a que Neymar poderá estar sujeito. Desta forma, surgem duas grandes questões:

1) Gestão de Egos. Messi tem sido o centro do Barcelona. A equipa habitou-se a jogar em função dele e Messi habitou-se a ter a equipa jogar para si, principalmente a partir da chegada de Guardiola que até lhe deu novas funções em campo: falso número 9. Neymar, que está a ser preparado para ser jogador de topo desde os 13 anos, ao longo da sua carreira tem sido o protagonista. Com será a co-habitação do ego dos dois craques? Neymar começou bem, pelo menos no discurso: “Quero ajudar Messi a ser novamente o melhor do Mundo”. Será uma demonstração de humildade? No mínimo foi bem aconselhado. Esperemos para ver.

2) Táctica. Messi começou a entrar na equipa principal com extremo direito no 4x3x3 típico da equipa. Na altura ‘moravam’ na Catalunha o astro Ronaldinho Gaúcho, o símbolo da equipa, Henry, Eto’o… e ainda Iniesta, Deco e Xavi. Com saída deste jogadores, com excepção dos dois espanhóis, Messi começou a crescer tanto no estatuto como na qualidade de jogo. Esta fase coincidiu com o início do ciclo Guardiola, que para fazer sobressair ainda mais as qualidades do jogador lhe atribuiu um no papel na equipa: falso número 9. Nesta posição tem liberdade total para atacar e… para defender, ou seja, sem obrigações defensivas para evitar desgaste extra. Guardiola potenciou ainda mais o jogador, mas para manter a sua famosa pressão alta, em vez de dez jogadores a pressionar, obriga os outros nove jogadores a trabalho extra para recuperar a bola o mais rápido possível. Tito Villanova, tem tentando manter a mesma filosofia da equipa, por isso, as questões que se colocam são: Sabendo que tanto Messi como Neymar são jogadores que não estão habituados a defender, conseguirá o Barcelona manter a mesma pressão alta só com oito jogadores?  Irão os dois jogadores começar a participar activamente nessa pressão? Ou só Neymar? Bem, veremos… No entanto é bem possível que a equipa se torne melhor a atacar mas pior a defender, pelo menos naquilo a que se chama ‘defender à Barça’.

Duas notas importantes sobre Neymar. Fez muito bem vir para a Europa, a ele e ao Brasil. Um ano antes talvez ainda tivesse sido melhor. Só no velho continente irá conseguir continuar a evoluir e confirmar tudo o que tem feito de bom no Brasil. Sendo ele o grande símbolo do país, certamente agora irá chegar ao Campeonato do Mundo 2014 mais jogador. Por fim, Neymar tem sido criticado porque na selecção (principalmente a jogar contra as mais fortes selecções europeias) não render tanto e que quando chegar à Europa não irá conseguir adaptar-se. Pois bem, Neymar ainda não chegou à Europa e já convenceu mais alguns com as exibições na Taça das Confederações, principalmente contra a Itália. Se a final, como esperado, for Brasil – Espanha, e ele brilhar vai convencer muitos mais.



(Redacção Photebol)

terça-feira, 25 de junho de 2013

As transferências dos três grandes portugueses

Witsel e Hulk transferidos para o Zenit por mais de oitenta milhões

Nos últimos anos Nani e o Ronaldo foram as últimas grandes vendas do Sporting, e este último, apesar de ainda muito novo na altura, poderia ter saído por mais… até porque o Manchester United o queria a todo o custo. Desde essa altura as vendas de maior relevo foram Moutinho, Veloso e Van Wolfswinkel, por 11, 9 e 10 milhões, respectivamente. Além do rendimento desportivo, a pressão da banca (tal como Dias da Cunha disse há uns anos) não deixa margem de negociação ao Sporting. Enquanto o Porto (foi o primeiro a fazê-lo) e o Benfica (compram mais caro do que antes faziam para potenciar e vender caríssimo) dão-se ao ‘luxo’ de poderem esticaram ao máximo a corda e aclamarem aos sete ventos: “queremos ficar com o jogador, se sair só pela cláusula” (Algo que as pessoas se esquecem: a cláusula não é o valor real do jogador mas sim uma forma de os blindar e ganhar margem de negociação). Existem dois tipos de casos:

1) Por exemplo David Luiz: cláusula de rescisão de 40M. Não venderam no verão e foram rejeitando propostas até ao último dia de Janeiro. Dificilmente se pagaria aquele valor por central mas acabou por espremer ao máximo 25M + Matic (5M). Algo parecido aconteceu com Hulk, antes com o Quaresma e Di Maria (cláusula 40, saiu por 30M mais 6M por objectivos já recebidos);

2) Depois há o caso de Witsel, o Benfica não queria (aparentemente) vender, e já não contava quando fechou o mercado, até porque não podia contratar substituto. Depois chega os russos, que apanharam um clube que não queria vender e logo "se quiserem têm que pagar". Para o Benfica mau nunca é: se não pagarem, muito bom desportivamente, se pagarem fazem uma grande venda.

O Sporting, sem essa margem de negociação, acabou por vender João Pereira por pouco mais do que o comprou... numa altura em que toda a gente sabia que o jogador algumas semanas depois ia disputar o europeu por Portugal! Matias Fernandez foi vendido quase ao preço a que compraram. Já para não falar de jogadores como Pongolle (5M), Grimi (3,5M) que não foram baratos e saíram por rescisões amigáveis.

Há ainda a questão da grande maioria dos jogadores que tem saído do Benfica e do Porto… se não são titulares andam muito perto disso. Ora vejamos, David Luiz e Ramires, Falcão, Di Maria (que só não é titular quando para reforçar o meio-campo avança Ozil para a linha), Raul Meireles (na primeira época no Liverpool foi considerado o melhor jogador pelos adeptos), Ricardo Carvalho (tirando a última época jogou quase sempre), Deco (as três primeiras épocas no Barcelona foram de altíssimo nível como comprova a imprensa da altura: “Deco no melhor onze de sempre do Barça” (escolha dos leitores do El Mundo Deportivo - http://goo.gl/sLCuN), entre muitos outros. Claro que nem todos são casos de sucesso… mas a maioria é. Mesmo o caso do Javi Garcia, que fez mais de 30 jogos, marcou golos, e ficou nos últimos (cerca de) 30 pré-convocados da Espanha para a Taça das Confederações. E isto fez com que se começasse a criar um “certificado de qualidade” dos melhores jogadores do Benfica e Porto. Do ponto de vista dos tubarões: “Bem, eles vendem caro mas os jogadores vêm adaptados e triunfam quase sempre. Hum… assim talvez reduzirmos a margem de erro”. Não há dúvidas que é este o caminho a seguir. O Porto aproveitando a boleia dos títulos europeus com Mourinho inflacionou o preço dos seus jogadores e partir daí criou esse certificado de qualidade. O Benfica, mesmo com poucos títulos, tem seguido uma política similar e essencialmente nos últimos anos tem tirado dividendos quanto à valorização dos melhores jogadores. As carreiras interessantes têm chamado atenção dos tubarões europeus e os jogadores que saem têm sucesso. Se os ‘encarnados’ começaram mais tarde e conseguiram, o Sporting também pode seguir os mesmos passos. Primeiro tem que afastar (ao máximo) a pressão dos credores, depois é uma questão fazer épocas estáveis, investir com o máximo critério e conseguir potenciar valores emergentes. Quando conseguirem duas, três ou quatro vendas deste nível vão (re)começar a ser um target preferencial dos grandes europeus, não por venderem barato (como acontece actualmente) mas sim porque a qualidade comprovada paga-se caro.

(Redacção Photebol)

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