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quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Paulo Bento Sérgio “Forever”?

Paulo Sérgio é um bom treinador, irreverente, ambicioso, mas será o treinador certo no momento certo? Após a saída de Carvalhal parecia mais indicado o clube contratar um daqueles treinadores mais experientes, para reconstruir uma equipa com a moral em baixo e que perdeu os seus dois jogadores mais valiosos – pelo menos em valor de mercado – João Moutinho e Miguel Veloso.

No entanto, um treinador experiente e com algum estatuto dificilmente poderia co-habitar com o director desportivo do Sporting Francisco Costa – mais conhecido por Costinha – um ex-internacional que viveu a melhor fase da carreira no Futebol Clube do Porto, mas que há uns anos assumiu o seu sportinguismo.

Assim parece óbvio que um treinador com este perfil – por exemplo ao estilo de Manuel José – ia chocar com Costinha que chegou com uma postura muito autoritária e até… revolucionária.

A escolha recaiu num treinador jovem (também ex-jogador), que fez carreira de baixo para cima. Estreou-se na liga ao serviço do Paços de Ferreira onde fez um excelente trabalho. Com a época 2009-2010 já em curso foi escolhido para substituir o experiente Nelo Vingada no Vitória Sport Clube – de Guimarães.

Levantou a equipa, pôs a equipa a jogar um futebol positivo e na parte final da época lá estava ele a lutar com o seu actual clube pelo quarto lugar. Perdeu 5-0 e parecia ter mais que garantido o quinto lugar – o último de acesso à Liga Europa – no entanto na derradeira jornada cedeu em casa com Marítimo de Van der Gaag (entretanto já subsituído por Pedro Martins) que lhe “roubou” a possibilidade de acesso à Europa.

Paulo Bento Sérgio é um treinador promissor que chegou ao Sporting numa altura difícil para o clube. Até ver está a realizar um trabalho aceitável e ninguém pode negar a capacidade de luta e de sofrimento de todos os jogadores. No entanto nos jogos do campeonato terá que começar a apanhar o trilho da vitória, pois esta é a prova em que os adeptos perdoam menos uma má campanha. Se não o conseguir rapidamente, o crédito que os adeptos lhe dão vai começar a mingar… e tudo fica mais difícil e impossibilita, de um dia para o outro, a hipótese de um novo "forever".


djisas
(photebol.blogspot.com)

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Photebol em altas

Fragmentos do passado

Nilmar marca golo de antologia


http://www.youtube.com/watch?v=P2ik0nepnDI

Photebol em altas

Fragmentos do passado

Karel Poborsky: arrancada espectacular de 13 segundos que culmina em GOLO

http://www.youtube.com/watch?v=3A9eQvUaxpQ&feature=related

Di Maria e Ramires: o avião de Jesus e a perda das duas asas

A perda de Di Maria, mas principalmente de Ramires alterou o plano de jogo do Benfica. Se para o lugar do reforço do Real Madrid veio Nicolas Gaitán para o lugar do internacional canarinho acabou por não vir ninguém.

Gaitán, que ainda procura afirmar-se, embora seja um jogador com características diferentes de Di Maria, parece conseguir vir a fazer aquele lugar embora sem tantas corridas loucas pela linha, mas que podem ser compensadas com as subidas de Fábio Coentrão. De acrescentar que Gaitán apesar de menos explosivo consegue ser mais competente tacticamente. Isto sem pôr em causa que actualmente a dimensão de Di Maria é substancialmente superior à do argentino do Benfica.

Quanto à Ramires, muito dificilmente se encontra um jogador com tais características, e muito menos a um preço acessível. O interior direito do losângulo de Jesus, ao mesmo tempo que dava “enorme” consistência defensiva, não deixava de dar profundidade ao flanco, e isto durante os 90 minutos. Depois podia jogar em qualquer lugar do losângulo (no Cruzeiro jogava a trinco), e em jogos de “tudo por tudo” até a defesa direito (su posição de formação). Ramires funcionou como equilíbrio da equipa, sendo o elemento chave do meio campo, e além disso permitia a JJ mudar a táctica durante um jogo sem ter que recorrer ao banco de suplentes

O lugar ficou em aberto e há preferencialmente três candidatos, e todos muito diferentes: Carlos Martins, Rúben Amorim e Salvio.

Martins, que no losângulo, faz preferencialmente a posição 10, é até ver, quem mais beneficiou da saída de Ramires. Agarrou o lugar de interior direito e embora com outras características tem cumprido muito bem, sendo um dos destaques da equipa neste início de época. É mais cerebral que todos os outros (Ramires, Amorim e Salvio), dá alguma consistência a defender, é muito bom nos passes em profundidade e é forte na meia-distância.

Rúben Amorim é um dos jogadores que não sabe jogar mal. No entanto também não é jogador para grandes rasgos, a não ser a espaços. É o que dá mais consistência a defender (até porque é alternativa a Maxi Pereira a defesa-direito e pode jogar a trinco), mas é o que menos profundidade pela ala.

Por fim, Salvio. A última contratação do Benfica para esta época por empréstimo do Atlético Madrid. Chegou a Madrid como uma daquelas promessas do futebol argentino que saltam todos os anos para o futebol europeu (custou entre 8 a 10 milhões). O clube lisboeta pagou cerca de 2 milhões pelo empréstimo e garantiu 20% do passe.

O argentino é o mais atacante de todos, pode jogar a extremo ou na frente de ataque, e pode transmitir mais profundidade. Mais ainda é cedo para o analisar pois chegou e lesionou-se. Desde que recuperou fez alguns minutos mas por enquanto só mostrou vontade. Veremos se cumpre as expectativas.

Todos os jogadores são diferentes entre si e diferentes de Ramires. A diferença é que Ramires, embora menos técnico, é rápido como Salvio, defende (no mínimo) tão bem como Amorim e consegue ser incisivo/decisivo com Martins. Ou seja, o mais completo de todos.

Agora em vez de um titular indiscutível tem três alternativas distintas. Cabe agora a JJ escolher de acordo com as características do adversário… e (claro) pelo desempenho dos jogadores.
O que é certo é que neste pós-Ramires (e Di Maria) o Benfica obrigatoriamente terá de ser uma equipa diferente esta época, pois as características dos intervenientes são outras.



djisas
(photebol.blogspot.com)

Photebol em altas

Fragmentos do passado

João Vieira Pinto em jogada magistral (Portugal - Alemanha)

http://www.youtube.com/watch?v=xsPxxsdW3Bc

A mesma táctica mas com maior pragmatismo, a explosão dos extremos e o reforço Moutinho

O Porto de André Vilas-Boas tacticamente continua a apresentar o 4-3-3, táctica predominantemente utilizada pela F.C. Porto. Fernando Santos e Jesualdo Ferreira foram exemplo disso.

Sempre com um trinco (Fernando, antes Paulo Assunção), clássico 6, um médio todo o terreno (João Moutinho, antes Raúl Meireles) e um outro mais de construção Belushi/Rúben Micael, antes Lucho). A maior diferença táctica deste tridente Vilas-Boas para o de Jesualdo, é que agora o 6 tem mais liberdade, de subir terreno, de fazer pressão mais à frente e até aparecer em zona de finalização.

Na frente um ponta-de-lança e dois extremos. Sendo que um dos extremos, por norma, tem formação de avançado centro, tendo maior tendência em fugir para o centro (neste caso Hulk, no passado recente Lisandro Lopez fez esse papel muitas vezes, e recuando ainda mais também Derlei desempenhou essa posição).

O Porto esta época apresenta-se mais compacto, o que tem compensando a "suposta" menos valia da defesa no pós-Bruno Alves. Ou seja, a equipa no seu todo tem defendido melhor, sendo também mais pragmática, mais até que na era de Jesualdo.

Em muitas ocasiões quando a equipa se encontra a ganhar, o treinador acalma o jogo, depois tira quase sempre um extremo (por norma Varela) colocando um médio de características de contenção (por norma Souza) - ficando mais próximo de 4-4-2 com Hulk a encostar a Falcão.

Depois se o resultado continuar favorável, ou refresca o meio-campo com a entrada de Rubén Micael para o lugar de Moutinho ou Belucshi, ou até, como já chegou a fazer, retirar um dos avançados (Hulk ou Falcão). Por vezes para não abdicar do 4-3-3, segundo o técnico "a táctica que neste momento mais se adequa à equipa, pois está mais enraizada", lança em jogo Cristian Rodriguez em troca com Varela.

Quando o resultado não agrada - o que até tem acontecido poucas vezes - também pouco tem arriscado. No encontro de Guimarães, após o golo do empate do Vitória local, Vilas-Boas apostou em trocas directas - saíram Moutinho e Beluschi entraram Guarín e Rúben Micael - não arriscando tacticamente.

A grande mais-valia do F.C. Porto tem sido o bom funcionamento do meio-campo - bem reforçado por Moutinho - e a grande forma de Varela, e principalmente de Hulk que tem resolvido sozinhos ou em conjunto muitos jogos.

Uma palavra também para o bom início de Belushi, embora por vezes se ausente do jogo, e o de Alvaro Pereira. Falcão embora não esteja a marcar tanto como na época passada (de relembrar que na época passada começou mais ou menos assim), não deixa de ser um jogador importantíssimo para desgatar a defesa, abrir espaços e segurar a bola na frente.

Em termos exibicionais, a equipa não tem brilhado mas tem-se mostrado sempre compacta e com muito pragmátismo, pensando sempre muito mais no resultado no que na exibição. Um dos seus maiores trunfos tem sido a capacidade de anular a equipa adversária - exemplo disso o encontro da Supertaça contra o Benfica.

Em termos de qualidade os jogos mais conseguidos foram sem dúvida contra o Braga, em que teve que ir atrás do resultado, e com a Olhanense onde acabou por criar (e falhar) várias oportunidades de golo claras - mas também não pôs em causa o vitória final.



djisas
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terça-feira, 19 de outubro de 2010

Photebol em altas

Olha-me bem esta cena!

Arbitro engana-se e termina jogo 10 minutos antes de tempo!

http://video.yahoo.com/watch/8400133

Benfica 2009-2010 versus Benfica 2010-2011

O Benfica partiu como favorito para esta época por três factores: a qualidade que apresentou a época passada, fez a melhor pré-época e acima de tudo manteve o treinador que levou a equipa ao sucesso – Jorge Jesus.

No entanto, nesta pré-época, apesar da qualidade ofensiva e dos muitos golos marcados, a equipa sofreu sempre demasiados golos (num dos últimos jogos ganhou 5-3 ao Vitória Sport Clube), e em grande parte deles quase todos identificaram o principal responsável – Roberto.

E Roberto começou mal sem dúvida. O valor da transferência – 8,5 milhões de euros – ajudou a criar um excesso de protagonismo e de pressão. Pressão que o próprio Benfica ajudou um pouco a criar quando disse “aqui está o guarda-redes que nos vai dar pontos.” No entanto tem melhorado, tal como a equipa.

No primeiro jogo oficial da temporada – Supertaça – o F.C. Porto anulou muito bem a equipa do Benfica que raramente conseguiu as transições rápidas que tão bons resultados deram a época passada.

Outro dos condicionantes do Benfica 2010-2011, foi a falta de condição física para fazer a tal pressão alta que foi outra das imagens de marca da equipa no ano passado.

No pior o arranque de época de sempre a equipa pode-se queixar de algum azar, embora também tenha havido culpa própria (se sabia que Ramires em princípio só ficava um ano deveria ter tentado alguém com características idênticas – se calhar com mais tempo tinha conseguido e pela pressão que o clube poderia ter retirado dos ombros Roberto, fazendo a ponte com Moreira ou Júlio César).

Com a Académica na Luz, apesar de um pouco atabalhoado, lutou muito. Foi com tudo para a frente quando se viu cedo a perder. Empatou perto do fim. Depois foi o tudo por tudo, com JJ a dar ordens para a equipa defender com cinco e ficarem sempre cinco na frente (fisicamente a equipa demora estar fisicamente a altura para jogar em pressão – alta – contínua). Um risco assumido, que acabou por pagar com o grande golo da Académica (Laionel) ao cair do pano, quando se adivinhava o golo do Benfica a qualquer momento. O mesmo aconteceu em Guimarães (4.ª jornanda) , onde perdeu também por 2-1.

Depois com o Nacional (2.ª Jornada), na Madeira, segunda aconteceu a segunda derrota. Boa primeira parte do Benfica, sempre controlador e com boas oportunidades de golo (o Nacional não fez um remate à baliza na primeira parte), mas teve algum azar e apanhou, mais uma vez, Bracalli em grande (defesa de outro mundo a remate de Saviola). No entanto, início da segunda parte, bola parada Cardozo deixa fugir o adversário, Roberto sai-se mal e golo dos madeirenses. Logo a seguir, golpe de vista falhado do guarda-redes e outro golo. A partir daí foi o pior Benfica da época, começando a duvidar do seu real valor.

Entretanto venceu o Vitória Sport Clube (3.ª jornada) por 3-0. O Benfica entrou bem, mas a expulsão/penalty do guarda-redes Júlio César podia ter complicado. Por obra do destino, entrou Roberto e defendeu a grande penalidade, o que elevou os índices psicológicos da equipa para uma vitória tranquila sobre os setubalenses.

Na quinta jornada entrou numa série de três vitórias: Sporting, em casa, Marítimo, fora, e o vice-campeão Braga, na Luz.

Três vitórias justas nas quais se apresentou um Benfica melhor nas transições, fisicamente melhor o que já permite fazer pressão alta e muito mais confiante. Enfim, mais parecido com o do ano passado e menos parecido com o pré-Jesus.

Será que consegue atingir o nível da época passada? Os próximos jogos o dirão.



djisas
(photebol.blogspot.com)

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