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quarta-feira, 20 de outubro de 2010

A mesma táctica mas com maior pragmatismo, a explosão dos extremos e o reforço Moutinho

O Porto de André Vilas-Boas tacticamente continua a apresentar o 4-3-3, táctica predominantemente utilizada pela F.C. Porto. Fernando Santos e Jesualdo Ferreira foram exemplo disso.

Sempre com um trinco (Fernando, antes Paulo Assunção), clássico 6, um médio todo o terreno (João Moutinho, antes Raúl Meireles) e um outro mais de construção Belushi/Rúben Micael, antes Lucho). A maior diferença táctica deste tridente Vilas-Boas para o de Jesualdo, é que agora o 6 tem mais liberdade, de subir terreno, de fazer pressão mais à frente e até aparecer em zona de finalização.

Na frente um ponta-de-lança e dois extremos. Sendo que um dos extremos, por norma, tem formação de avançado centro, tendo maior tendência em fugir para o centro (neste caso Hulk, no passado recente Lisandro Lopez fez esse papel muitas vezes, e recuando ainda mais também Derlei desempenhou essa posição).

O Porto esta época apresenta-se mais compacto, o que tem compensando a "suposta" menos valia da defesa no pós-Bruno Alves. Ou seja, a equipa no seu todo tem defendido melhor, sendo também mais pragmática, mais até que na era de Jesualdo.

Em muitas ocasiões quando a equipa se encontra a ganhar, o treinador acalma o jogo, depois tira quase sempre um extremo (por norma Varela) colocando um médio de características de contenção (por norma Souza) - ficando mais próximo de 4-4-2 com Hulk a encostar a Falcão.

Depois se o resultado continuar favorável, ou refresca o meio-campo com a entrada de Rubén Micael para o lugar de Moutinho ou Belucshi, ou até, como já chegou a fazer, retirar um dos avançados (Hulk ou Falcão). Por vezes para não abdicar do 4-3-3, segundo o técnico "a táctica que neste momento mais se adequa à equipa, pois está mais enraizada", lança em jogo Cristian Rodriguez em troca com Varela.

Quando o resultado não agrada - o que até tem acontecido poucas vezes - também pouco tem arriscado. No encontro de Guimarães, após o golo do empate do Vitória local, Vilas-Boas apostou em trocas directas - saíram Moutinho e Beluschi entraram Guarín e Rúben Micael - não arriscando tacticamente.

A grande mais-valia do F.C. Porto tem sido o bom funcionamento do meio-campo - bem reforçado por Moutinho - e a grande forma de Varela, e principalmente de Hulk que tem resolvido sozinhos ou em conjunto muitos jogos.

Uma palavra também para o bom início de Belushi, embora por vezes se ausente do jogo, e o de Alvaro Pereira. Falcão embora não esteja a marcar tanto como na época passada (de relembrar que na época passada começou mais ou menos assim), não deixa de ser um jogador importantíssimo para desgatar a defesa, abrir espaços e segurar a bola na frente.

Em termos exibicionais, a equipa não tem brilhado mas tem-se mostrado sempre compacta e com muito pragmátismo, pensando sempre muito mais no resultado no que na exibição. Um dos seus maiores trunfos tem sido a capacidade de anular a equipa adversária - exemplo disso o encontro da Supertaça contra o Benfica.

Em termos de qualidade os jogos mais conseguidos foram sem dúvida contra o Braga, em que teve que ir atrás do resultado, e com a Olhanense onde acabou por criar (e falhar) várias oportunidades de golo claras - mas também não pôs em causa o vitória final.



djisas
(photebol.blogspot.com)

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