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terça-feira, 25 de junho de 2013

As transferências dos três grandes portugueses

Witsel e Hulk transferidos para o Zenit por mais de oitenta milhões

Nos últimos anos Nani e o Ronaldo foram as últimas grandes vendas do Sporting, e este último, apesar de ainda muito novo na altura, poderia ter saído por mais… até porque o Manchester United o queria a todo o custo. Desde essa altura as vendas de maior relevo foram Moutinho, Veloso e Van Wolfswinkel, por 11, 9 e 10 milhões, respectivamente. Além do rendimento desportivo, a pressão da banca (tal como Dias da Cunha disse há uns anos) não deixa margem de negociação ao Sporting. Enquanto o Porto (foi o primeiro a fazê-lo) e o Benfica (compram mais caro do que antes faziam para potenciar e vender caríssimo) dão-se ao ‘luxo’ de poderem esticaram ao máximo a corda e aclamarem aos sete ventos: “queremos ficar com o jogador, se sair só pela cláusula” (Algo que as pessoas se esquecem: a cláusula não é o valor real do jogador mas sim uma forma de os blindar e ganhar margem de negociação). Existem dois tipos de casos:

1) Por exemplo David Luiz: cláusula de rescisão de 40M. Não venderam no verão e foram rejeitando propostas até ao último dia de Janeiro. Dificilmente se pagaria aquele valor por central mas acabou por espremer ao máximo 25M + Matic (5M). Algo parecido aconteceu com Hulk, antes com o Quaresma e Di Maria (cláusula 40, saiu por 30M mais 6M por objectivos já recebidos);

2) Depois há o caso de Witsel, o Benfica não queria (aparentemente) vender, e já não contava quando fechou o mercado, até porque não podia contratar substituto. Depois chega os russos, que apanharam um clube que não queria vender e logo "se quiserem têm que pagar". Para o Benfica mau nunca é: se não pagarem, muito bom desportivamente, se pagarem fazem uma grande venda.

O Sporting, sem essa margem de negociação, acabou por vender João Pereira por pouco mais do que o comprou... numa altura em que toda a gente sabia que o jogador algumas semanas depois ia disputar o europeu por Portugal! Matias Fernandez foi vendido quase ao preço a que compraram. Já para não falar de jogadores como Pongolle (5M), Grimi (3,5M) que não foram baratos e saíram por rescisões amigáveis.

Há ainda a questão da grande maioria dos jogadores que tem saído do Benfica e do Porto… se não são titulares andam muito perto disso. Ora vejamos, David Luiz e Ramires, Falcão, Di Maria (que só não é titular quando para reforçar o meio-campo avança Ozil para a linha), Raul Meireles (na primeira época no Liverpool foi considerado o melhor jogador pelos adeptos), Ricardo Carvalho (tirando a última época jogou quase sempre), Deco (as três primeiras épocas no Barcelona foram de altíssimo nível como comprova a imprensa da altura: “Deco no melhor onze de sempre do Barça” (escolha dos leitores do El Mundo Deportivo - http://goo.gl/sLCuN), entre muitos outros. Claro que nem todos são casos de sucesso… mas a maioria é. Mesmo o caso do Javi Garcia, que fez mais de 30 jogos, marcou golos, e ficou nos últimos (cerca de) 30 pré-convocados da Espanha para a Taça das Confederações. E isto fez com que se começasse a criar um “certificado de qualidade” dos melhores jogadores do Benfica e Porto. Do ponto de vista dos tubarões: “Bem, eles vendem caro mas os jogadores vêm adaptados e triunfam quase sempre. Hum… assim talvez reduzirmos a margem de erro”. Não há dúvidas que é este o caminho a seguir. O Porto aproveitando a boleia dos títulos europeus com Mourinho inflacionou o preço dos seus jogadores e partir daí criou esse certificado de qualidade. O Benfica, mesmo com poucos títulos, tem seguido uma política similar e essencialmente nos últimos anos tem tirado dividendos quanto à valorização dos melhores jogadores. As carreiras interessantes têm chamado atenção dos tubarões europeus e os jogadores que saem têm sucesso. Se os ‘encarnados’ começaram mais tarde e conseguiram, o Sporting também pode seguir os mesmos passos. Primeiro tem que afastar (ao máximo) a pressão dos credores, depois é uma questão fazer épocas estáveis, investir com o máximo critério e conseguir potenciar valores emergentes. Quando conseguirem duas, três ou quatro vendas deste nível vão (re)começar a ser um target preferencial dos grandes europeus, não por venderem barato (como acontece actualmente) mas sim porque a qualidade comprovada paga-se caro.

(Redacção Photebol)

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