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quarta-feira, 26 de junho de 2013

Messi & Neymar: Dois galos para um poleiro? Ou 'amigo' não empata 'amigo'?


A novela Neymar terminou. Finalmente. Após várias épocas de especulação sobre o futuro do jogador, do pré-acordo com o Barcelona ao interesse do Real Madrid e de outros clubes europeus, o ‘camisola 10’ da selecção brasileira junta-se ao ‘camisola 10’ dos catalães. Para o genuíno adepto de futebol é uma grande notícia, dois dos jogadores do planeta com mais técnica: o melhor do mundo (por quatro vezes) e o melhor do Brasil. No entanto, pode nem ser tudo um ‘mar de rosas’, e existem algumas dúvidas quanto ao sucesso da co-habitação entre os dois. Já sem contar com o tempo de adaptação a que Neymar poderá estar sujeito. Desta forma, surgem duas grandes questões:

1) Gestão de Egos. Messi tem sido o centro do Barcelona. A equipa habitou-se a jogar em função dele e Messi habitou-se a ter a equipa jogar para si, principalmente a partir da chegada de Guardiola que até lhe deu novas funções em campo: falso número 9. Neymar, que está a ser preparado para ser jogador de topo desde os 13 anos, ao longo da sua carreira tem sido o protagonista. Com será a co-habitação do ego dos dois craques? Neymar começou bem, pelo menos no discurso: “Quero ajudar Messi a ser novamente o melhor do Mundo”. Será uma demonstração de humildade? No mínimo foi bem aconselhado. Esperemos para ver.

2) Táctica. Messi começou a entrar na equipa principal com extremo direito no 4x3x3 típico da equipa. Na altura ‘moravam’ na Catalunha o astro Ronaldinho Gaúcho, o símbolo da equipa, Henry, Eto’o… e ainda Iniesta, Deco e Xavi. Com saída deste jogadores, com excepção dos dois espanhóis, Messi começou a crescer tanto no estatuto como na qualidade de jogo. Esta fase coincidiu com o início do ciclo Guardiola, que para fazer sobressair ainda mais as qualidades do jogador lhe atribuiu um no papel na equipa: falso número 9. Nesta posição tem liberdade total para atacar e… para defender, ou seja, sem obrigações defensivas para evitar desgaste extra. Guardiola potenciou ainda mais o jogador, mas para manter a sua famosa pressão alta, em vez de dez jogadores a pressionar, obriga os outros nove jogadores a trabalho extra para recuperar a bola o mais rápido possível. Tito Villanova, tem tentando manter a mesma filosofia da equipa, por isso, as questões que se colocam são: Sabendo que tanto Messi como Neymar são jogadores que não estão habituados a defender, conseguirá o Barcelona manter a mesma pressão alta só com oito jogadores?  Irão os dois jogadores começar a participar activamente nessa pressão? Ou só Neymar? Bem, veremos… No entanto é bem possível que a equipa se torne melhor a atacar mas pior a defender, pelo menos naquilo a que se chama ‘defender à Barça’.

Duas notas importantes sobre Neymar. Fez muito bem vir para a Europa, a ele e ao Brasil. Um ano antes talvez ainda tivesse sido melhor. Só no velho continente irá conseguir continuar a evoluir e confirmar tudo o que tem feito de bom no Brasil. Sendo ele o grande símbolo do país, certamente agora irá chegar ao Campeonato do Mundo 2014 mais jogador. Por fim, Neymar tem sido criticado porque na selecção (principalmente a jogar contra as mais fortes selecções europeias) não render tanto e que quando chegar à Europa não irá conseguir adaptar-se. Pois bem, Neymar ainda não chegou à Europa e já convenceu mais alguns com as exibições na Taça das Confederações, principalmente contra a Itália. Se a final, como esperado, for Brasil – Espanha, e ele brilhar vai convencer muitos mais.



(Redacção Photebol)

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